ANÁLISE DE DADOS SOBRE A SAÚDE MENTAL DA POPULAÇÃO QUILOMBOLA

Abstract

Este trabalho aborda a temática da saúde mental de comunidades quilombolas, considerando a saúde mental como bem-estar de um indivíduo, bem como sua capacidade de contribuição social, conforme a definição da OMS, e aqui ela é estudada juntamente com a população quilombola em razão desta ser uma comunidade que enfrenta diversos problemas sociais e de saúde por razões advindas, sobretudo, do racismo estrutural. Teve-se o objetivo geral de levantar e analisar dados relativos à saúde mental da população quilombola. Já como objetivos específicos, buscou-se analisar dados na literatura científica, bem como em órgãos e informativos sobre a saúde mental da população quilombola, partindo das de questões de pesquisa pré-estabelecidas. A metodologia utilizada foi a “análise de conteúdo”, prevendo as três fases desse modelo, a saber: pré-análise; exploração do material; tratamento dos dados, inferência e interpretação. Conforme a natureza, a pesquisa é básica e quanto aos objetivos é explicativa. Para contextualização dos temas, recorreu-se a artigos científicos para embasamento teórico e trabalhou-se com dados secundários coletados de órgãos como IDANNF, ACQUILERJ, IPEA, CONAQ e informativos recentes do SUS sobre os temas acima suscitados, para a análise propriamente dita. Nos resultados, a pesquisa não conseguiu alcançar a coleta de dados em sua completude, pelo motivo de alguns órgãos, como IDANNF, estarem com sites inoperantes, outros como ACQUILERJ não possuírem site oficial, IPEA e CONAQ não terem dados específicos sobre saúde mental, o que permite considerar os dados incipientes. Pode-se concluir que há poucos dados relacionando especificamente à saúde mental da população quilombola nos órgãos mencionados, por isso a pesquisa precisou analisar dados da população negra e não apenas da população quilombola, principalmente em artigos científicos. Também pode-se concluir que a luta pela garantia de igualdade no atendimento de saúde pública, tanto a física quanto a mental, ainda é um desafio para a população negra, sobretudo para a quilombola. Ressaltando, assim, a importância de se estabelecer políticas públicas específicas para população quilombola no que diz respeito à saúde mental. Sugere-se para trabalhos futuros a utilização de uma metodologia mais complexa e uma pesquisa mais minuciosa em outras fontes e órgãos, a fim de alcançar dados mais consistentes e análise mais ampla.